terça-feira, 27 de maio de 2014

Conto e Crônica

O Beijo. (Texto 1)

Martha Medeiros

Na primeira página de um site, o convite: “Você viu? Mulheres fazem fila para beijar rapaz!” Adivinha se não era carnaval em Salvador. Estavam lá diversas fotos do garanhão beijando uma, depois a outra e a mulherada em fila aguardando a vez. Parece divertido, mas não é novidade: acontece em tudo o que é festa aberta, em qualquer época do ano. Todo mundo beijando todo mundo, uma delícia de descomprometimento. Nem evolução, nem involução, apenas mais uma coisa que se dessacraliza diante dos nossos olhos.
O beijo.
Dizem que o primeiro beijo não se esquece, e eu realmente nunca consegui esquecer do meu primeiro, e olha que eu tentei. Foi um desastre, um desacerto, uma tentativa malograda de encaixe, até que veio o segundo e, aí sim, choveram estrelas. Desde então, o beijo passou a fazer jus à sua fama de grande astro de um encontro amoroso.
Para quem, como eu, não chegou a viver esta onda de banalização do beijo, para quem beijava só quando estava apaixonado, ou, vá lá, com um ficante de vez em quando (e não mais de um por noite, e tampouco ficar todas as noites, pois tínhamos que sossegar o pito, como diziam nossos pais), enfim, para quem não viveu este oba-oba, o beijo segue sendo a confirmação de uma atração recíproca. E personalizada. Especial como raros momentos o são.
Paixões se iniciam de repente. Você troca e-mails com alguém sem a menor intenção de rolo, e então, sem mais nem menos, passam a flertar um com o outro, o jogo da sedução começa. Ou você é amiga de um cara sem jamais passar pela cabeça ir além da amizade, mas um belo dia, do nada, pinta um clima, que confusão. Ou então você é apresentada a uma pessoa numa festa e se encanta à primeira vista, e a partir daí fica mentalizando estratagemas para um segundo encontro e, quem sabe, um terceiro e um quarto. Principalmente um quarto.
Bom, há várias maneiras de se iniciar um romance, mas enquanto o primeiro beijo não acontece, existe apenas uma intenção, uma possibilidade, um quem sabe. Olhares, telefonemas, torpedos, tudo isso não passa de aquecimento, e pode esfriar antes mesmo que aconteça alguma coisa. Que alguma coisa? Ora, do que estamos falando aqui, criatura? Do beijo!!!! Quem não se lembra do final de Cinema Paradiso? Nenhuma cena de sexo nos emocionaria daquele jeito.
O primeiro beijo de uma nova relação: quando será, e onde? Quando ele vier me deixar em casa? Dentro do cinema? No meio de um papo, inesperadamente? Ah, que cruel e excitante é esta vida. Aguardar pelo primeiro beijo, aquele beijo que vai atestar: sim, não era uma fantasia, ele estava mesmo a fim de mim todo este tempo, e eu, nem se fala. Se não estava, fiquei. O beijo, uau! O detonador de toda história de amor, ou de uma ilusão de amor, que seja.
Depois vinha o desenrolar dos acontecimentos, mas deixemos pra lá o depois. Não é importante. O que nos deixava ligadinhas era a expectativa do primeiro beijo, que valia por um carimbo, um atestado, um apito do juiz: começou, tá valendo. Então algo se iniciava.
Sou ficcionista, mas não a ponto de delirar. Era bem assim, crianças.
Medeiros, Martha. O Globo. 2006.
***

O Primeiro Beijo. (Texto 2)

Clarice Lispector.

Os dois mais murmuravam que conversavam: havia pouco iniciara-se o namoro e ambos andavam tontos, era o amor. Amor com o que vem junto: ciúme.
- Está bem, acredito que sou a sua primeira namorada, fico feliz com isso. Mas me diga a verdade, só a verdade: você nunca beijou uma mulher antes de me beijar? Ele foi simples:
- Sim, já beijei antes uma mulher.
- Quem era ela? - perguntou com dor.
Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer.
O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir - era tão bom. A concentração no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.
E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! como deixava a garganta seca.
E nem sombra de água. O jeito era juntar saliva, e foi o que fez. Depois de reunida na boca ardente engolia-a lentamente, outra vez e mais outra. Era morna, porém, a saliva, e não tirava a sede. Uma sede enorme maior do que ele próprio, que lhe tomava agora o corpo todo.
A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio-dia tornara-se quente e árida e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.
E se fechasse as narinas e respirasse um pouco menos daquele vento de deserto? Tentou por instantes mas logo sufocava. O jeito era mesmo esperar, esperar. Talvez minutos apenas, talvez horas, enquanto sua sede era de anos.
Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada, penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.
O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre arbustos estava... o chafariz de onde brotava num filete a água sonhada. O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.

De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente ao orifício de onde jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga. Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se saciar. Agora podia abrir os olhos.
Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e que era da boca da mulher que saía a água. Lembrou-se de que realmente ao primeiro gole sentira nos lábios um contato gélido, mais frio do que a água.
E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.
Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia intrigado: mas não é de uma mulher que sai o líquido vivificador, o líquido germinador da vida... Olhou a estátua nua.
Ele a havia beijado.

Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva. Deu um passo para trás ou para frente, nem sabia mais o que fazia. Perturbado, atônito, percebeu que uma parte de seu corpo, sempre antes relaxada, estava agora com uma tensão agressiva, e isso nunca lhe tinha acontecido.
Estava de pé, docemente agressivo, sozinho no meio dos outros, de coração batendo fundo, espaçado, sentindo o mundo se transformar. A vida era inteiramente nova, era outra, descoberta com sobressalto. Perplexo, num equilíbrio frágil.
Até que, vinda da profundeza de seu ser, jorrou de uma fonte oculta nele a verdade. Que logo o encheu de susto e logo também de um orgulho antes jamais sentido: ele...

Ele se tornara homem.


 ATIVIDADE.

1ª - Por que o texto 1 pode ser considerado uma crônica?
2ª - De que tema trata o texto 1?
Que fato motivou a autora a escrever sobre esse tema? 
3ª - Onde e quando ocorrem os fatos no texto 2? Quem é o personagem principal dessa história?  
4ª - Ainda sobre o texto 2: Como o personagem se sentia? O que acontece a esse personagem? 

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Industrialização Brasileira e Urbanização.

Para realizar as atividades sobre o conteúdo, clique nas imagens.

Reforma Protestante e Contra Reforma.

Lutero - Reforma Protestante Martinho Lutero: criador da religião Luterana

Causas
O processo de reformas religiosas teve início no século XVI. Podemos destacar como causas dessas reformas: abusos cometidos pela Igreja Católica e uma mudança na visão de mundo, fruto do pensamento renascentista.
A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade. Gastos com luxo e preocupações materiais estavam tirando o objetivo católico dos trilhos. Muitos elementos do clero estavam desrespeitando as regras religiosas, principalmente o que diz respeito ao celibato. Padres que mal sabiam rezar uma missa e comandar os rituais, deixavam a população insatisfeita.
A burguesia comercial, em plena expansão no século XVI, estava cada vez mais inconformada, pois os clérigos católicos estavam condenando seu trabalho. O lucro e os juros, típicos de um capitalismo emergente, eram vistos como práticas condenáveis pelos religiosos.
Por outro lado, o papa arrecadava dinheiro para a construção da basílica de São Pedro em Roma, com a venda das indulgências (venda do perdão).
No campo político, os reis estavam descontentes com o papa, pois este interferia muito nos comandos que eram próprios da realeza.
O novo pensamento renascentista também fazia oposição aos preceitos da Igreja. O homem renascentista, começava a ler mais e formar uma opinião cada vez mais crítica. Trabalhadores urbanos, com mais acesso a livros, começaram a discutir e a pensar sobre as coisas do mundo. Um pensamento baseado na ciência e na busca da verdade através de experiências e da razão.
A Reforma Luterana
O monge alemão Martinho Lutero foi um dos primeiros a contestar fortemente os dogmas da Igreja Católica. Afixou na porta da Igreja de Wittenberg as 95 teses que criticavam vários pontos da doutrina católica.
As 95 teses de Martinho Lutero condenava a venda de indulgências e propunha a fundação do luteranismo ( religião luterana ). De acordo com Lutero, a salvação do homem ocorria pelos atos praticados em vida e pela fé. Embora tenha sido contrário ao comércio, teve grande apoio dos reis e príncipes da época. Em suas teses, condenou o culto à imagens e revogou o celibato. 
Martinho Lutero foi convocado as desmentir as suas 95 teses na Dieta de Worms, convocada pelo imperador Carlos V. Em 16 de abril de 1521, Lutero não so defendeu suas teses como mostrou a necessidade da reforma da Igreja Católica.
A Reforma Calvinista
João Calvino - reforma religiosa na França João Calvino: reforma na França 

Na França, João Calvino começou a Reforma Luterana no ano de 1534. De acordo com Calvino a salvação da alma ocorria pelo trabalho justo e honesto. Essa ideia calvinista, atraiu muitos burgueses e banqueiros para o calvinismo. Muitos trabalhadores também viram nesta nova religião uma forma de ficar em paz com sua religiosidade. Calvino também defendeu a ideia da predestinação (a pessoa nasce com sua vida definida).
A Reforma Anglicana
Na Inglaterra, o rei Henrique VIII rompeu com o papado, após este se recusar a cancelar o casamento do rei. Henrique VIII funda o anglicanismo e aumenta seu poder e suas posses, já que retirou da Igreja Católica uma grande quantidade de terras.
A Contra-Reforma Católica
Preocupados com os avanços do protestantismo e com a perda de fiéis, bispos e papas reúnem-se na cidade italiana de Trento (Concílio de Trento) com o objetivo de traçar um plano de reação. No Concílio de Trento ficou definido: 
- Catequização dos habitantes de terras descobertas, através da ação dos jesuítas;
- Retomada do Tribunal do Santo Ofício - Inquisição : punir e condenar os acusados de heresias
- Criação do Index Librorium Proibitorium (Índice de Livros Proibidos): evitar a propagação de ideias contrárias à Igreja Católica.
Intolerância
Em muitos países europeus as minorias religiosas foram perseguidas e muitas guerras religiosas ocorreram, frutos do radicalismo. A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), por exemplo, colocou católicos e protestantes em guerra por motivos puramente religiosos. Na França, o rei mandou assassinar milhares de calvinistas na chamada Noite de São Bartolomeu.
Você sabia?
- É comemorado em 31 de outubro o Dia da Reforma Protestante. A data é uma referência ao 31 de outubro de 1517, dia em que Martinho Lutero pregou suas 95 teses na porta da Igreja de Wittemberg (Alemanha).

ATIVIDADE.
1ª - Ao elaborar suas 95 teses, Martinho Lutero condenou muitos dogmas da Igreja Católica. Quais foram?

2ª -  Cite as causas que desencadearam as reformas religiosas no início no século XVI.

3ª - Em qual país teve início a Reforma Calvinista? Quem a implantou e o que ele defendia?

terça-feira, 20 de maio de 2014

Verbo to be.

1ª - Passe as frases com o verbo "to be" para as formas negativa e interrogativa.

a. Afirmativa: I am a student.
Negativa:__________________________________
Interrogativa:______________________________

b. Afirmativa: You are my teacher.
Negativa:__________________________________
Interrogativa:______________________________

c. Afirmativa: He is a boy.
Negativa:__________________________________
Interrogativa:______________________________

d. Afirmativa: She is a girl.
Negativa:__________________________________
Interrogativa:______________________________

e. Afirmativa: It is my house.
Negativa:__________________________________
Interrogativa:______________________________

f. Afirmativa: We are friends.
Negativa:__________________________________
Interrogativa:______________________________

g. Afirmativa: They are soccer players.
Negativa:__________________________________
Interrogativa:______________________________

2ª - Preencha com a forma interrogativa correta do presente simples verbo to be: am, is ou are.
a) ______ I your English teacher?

b) ______ You a hard worker?

c) ______ He tired today?

d) ______ She in Camaçari now?

e) ______ It a green door?

f) ______ We baianos?

g) ______ You still ill?

h) ______ They students at Catholic Universiy? 


3ª - Complete com a forma correta do verbo to be (am, is, are)

a.He ___ a doctor. 


b.I ___ a doctor.

c.They ___ doctors.

You ___ a doctor.

d.You ___ doctors.

e.Bill and Susan ___ doctors.


f.The bus ___ green.




créditos das atividades: 
 


http://professorwalmir.blogspot.com.br/2007/11/exercicio-v-to-be-present-interrogativa.html



http://mirianpmotaexercicios.blogspot.com.br/2012/03/atividade-verbo-to-be.html 



http://www.englishexperts.com.br/forum/exercicio-de-ingles-para-o-ensino-fundamental-


t21825.html

segunda-feira, 19 de maio de 2014

A Núbia e o reino de Kush.

 taharqa
 Faraó Negro

 Pirâmides de Kush
A região da Núbia e o Reino de  Kush, atualmente corresponde a região do Sudão.
 01-  Localização geográfica:
Situado no nordeste da África, a Núbia era uma extensa faixa de terra localizada ao sul do Egito, entre a primeira e a sexta catarata do Rio Nilo.  No interior da Núbia floresceu o reino de Kush com suas capitais:  Napata na margem esquerda, e Méroe, na margem direita.
02-  Escrita: Meroíta – ainda não foi decifrada completamente.
03-  Política: O rei detinha um amplo poder e era escolhido dentre os eleitos pelos líderes da comunidade e pela consulta ao deus da cidade.
04-    Economia: 
. Em Napata – a principal atividade econômica era a pecuária ( Criação de cabras, cabritos, cavalos , burros).
. Com a mudança para Meroê, com chuvas mais regulares a agricultura passou a ser uma atividade muito importante. Era cultivado: cereais, algodão, linho, abóbora e frutas: Tâmara e uva.
. Mas a riqueza do Império estava em suas minas de ouro.
. Meroê – Encruzilhada de rotas comerciais  que se dirigiam ao Mar Vermelho, à Etiópia, e outras regiões ao oeste.
05-   Sociedade:
  • Destaque para as Candaces – eram rainhas (mães esposas) que passaram a exercer o poder político, proclamando-se soberanas. Destaque para as Amanirenas- conduziu o exercito kush contra os romanos.

Na época do Egito faraônico, a Núbia era uma região que separava esse país da África subsaariana. Atualmente, seu território se encontra dividido entre o Egito e o Sudão.
Núbia é uma antiga região no nordeste da África, situada ao longo do rio Nilo, desde a primeira catarata até as proximidades de Khartum, no atual Sudão. Além do vale do Nilo, incluía as áreas desérticas a leste até o mar Vermelho e a oeste até o deserto da Líbia.
Habitada por povos nilóticos negros, a Núbia constituiu ao longo de milênios um ponto de encontro entre as civilizações egípcias – e, por conseguinte, o mundo mediterrâneo – e os povos negros da África. Cercada, porém, pelo deserto, num trecho mais estreito do vale, jamais apresentou produção agrícola e população comparáveis às do baixo Nilo. Por volta de 3100 a.C., a I dinastia egípcia se apoderou de parte da Núbia, que passou a abastecer o império de ouro, pedras preciosas e diorito. A partir de então, a história da Núbia permaneceu ligada à do Egito, algumas vezes sob o poder dos faraós, outras na forma de um ou vários reinos independentes.
Por volta de 800 a.C., surgiu na região o reino de Kush, cujos governantes adotaram a cultura egípcia. O rei Chabaca conquistou todo o Egito entre 713 e 712 a.C. e transferiu sua capital para Mênfis, onde fundou a XXV dinastia. A invasão assíria separou mais uma vez o Egito da Núbia, que conservou sua independência.
Meroe tornou-se capital do reino de Kush no início do século VI a.C. Durante nove séculos, a Núbia permaneceu isolada até que, no século IV da era cristã, após a destruição de Meroe, os nabateus se estabeleceram na região e, por volta do ano 540, se converteram ao cristianismo. Embora a partir do século VII o país tenha sido obrigado a pagar tributo aos novos governantes muçulmanos do Egito, permaneceu independente e fiel ao cristianismo até o século XIV, quando sucumbiu ante os exércitos mamelucos.
No norte da Núbia existem ruínas de monumentos antigos, alguns dos quais correram o perigo de desaparecer com a construção da represa de Assuã. Uma campanha internacional permitiu salvar os dois templos situados em Abu Simbel, transferidos para outro local nas proximidades.


 ATIVIDADE.
1ª -  Qual a localização geográfica da região Núbia?

2ª - Complete: 
a) Atualmente, seu território se encontra dividido entre o _______ e o ________.

b)  Por volta de 800 a.C., surgiu na região o reino de _____ , cujos governantes adotaram a _______ _______.

c)  Na época do Egito faraônico, a Núbia era uma região que separava esse país da _______ __________.

3ª - Como era organizada a política no região da Núbia?


créditos do texto: http://marcellehistoria.wordpress.com/2013/05/19/resumo-a-nubia-e-o-reino-de-kush-6o-ano/

terça-feira, 13 de maio de 2014

Crônica.

Os namorados da filha.
Quando a filha adolescente anunciou que ia dormir com o namorado, o pai não disse nada. Não a recriminou, não lembrou os rígidos padrões morais de sua juventude. Homem avançado, esperava que aquilo acontecesse um dia. Só não esperava que acontecesse tão cedo.
Mas tinha uma exigência, além das clássicas recomendações. A moça podia dormir com o namorado:
─ Mas aqui em casa.
Ela, por sua vez, não protestou. Até ficou contente. Aquilo resultava em inesperada comodidade. Vida amorosa em domicílio, o que mais podia desejar? Perfeito.
O namorado não se mostrou menos satisfeito. Entre outras razões, porque passaria a partilhar o abundante café da manhã da família. Aliás, seu apetite era espantoso: diante do olhar assombrado e melancólico do dono da casa, devorava toneladas do melhor requeijão, do mais fino presunto, tudo regado a litros de suco de laranja.
Um dia, o namorado sumiu. Brigamos, disse a filha, mas já estou saindo com outro. O pai pediu que ela trouxesse o rapaz. Veio, e era muito parecido com o anterior: magro, cabeludo, com apetite descomunal.
Breve, o homem descobriria que constância não era uma característica fundamental de sua filha. Os namorados começaram a se suceder em ritmo acelerado. Cada manhã de domingo, era uma nova surpresa: este é o Rodrigo, este é o James, este é o Tato, este é o Cabeça. Lá pelas tantas, ele desistiu de memorizar nomes ou mesmo fisionomias. Se estava na mesa do café da manhã, era namorado. Às vezes, também acontecia ─ ah, essa próstata, essa próstata ─ que ele levantava à noite para ir ao banheiro e cruzava com um dos galãs no corredor. Encontro insólito, mas os cumprimentos eram sempre gentis.
Uma noite, acordou, como de costume, e, no corredor, deu de cara com um rapaz que o olhou apavorado. Tranquilizou-o:
─ Eu sou o pai da Melissa. Não se preocupe, fique à vontade. Faça de conta que a casa é sua.
E foi deitar.
Na manhã seguinte, a filha desceu para tomar café. Sozinha.
─ E o rapaz? ─ perguntou o pai.
─ Que rapaz? ─ disse ela.
Algo lhe ocorreu, e ele, nervoso, pôs-se de imediato a checar a casa. Faltava o CD player, faltava a máquina fotográfica, faltava a impressora do computador. O namorado não era namorado. Paixão poderia nutrir, mas era pela propriedade alheia.
Um único consolo restou ao perplexo pai: aquele, pelo menos, não fizera estrago no café da manhã.
Moacyr Scliar
(Crônica extraída da Revista Zero Hora, 26/4/1998)

ATIVIDADE.

01. (D10) Essa crônica contém elementos predominantemente narrativos. Agora localize no texto cada um desses elementos.
a) Situação inicial –
b) Conflito –
c) Clímax –
d) Desfecho –
02.  (D10) Quais são os personagens desse texto?
03.  (D10) Qual o cenário onde a história acontece?
04.  (D11) Por que o pai da jovem era realmente um homem avançado (segundo a crônica)?
05.  (D6) Qual é o tema retratado nessa crônica?
06.  (D12) Qual o objetivo desse texto?
07.  (D10) Como se apresenta o narrador nessa crônica?
08.  (D10) Como o narrador conseguiu tornar cômico o equívoco do pai, no final do texto?


retirado de: http://jucienebertoldo.wordpress.com/2013/05/29/atividades-de-lingua-portuguesa-9o-ano-com-descritores/

Substantivo Comum.

Substantivo é a palavra usada para denominar coisas, pessoas, lugares, um ser e sentimentos. Pode estar acompanhado por um adjetivo, numeral, ou pronome.

Os substantivos são caracterizados por terem gênero, número e grau.
 
Substantivo Comum: nomeia um ser que participa de certa classe, genericamente. Exemplo: homem, cachorro, cidade, mesa, telefone, e etc.


Para exercitar o que você sabe sobre substantivo, clique nas imagens abaixo e realize as atividades.







texto retirado do link: http://www.colegioweb.com.br/portugues/substantivo-definicao-e-classificacao.html

terça-feira, 6 de maio de 2014

Regionalização Mundial.



A Divisão do Mundo em Desenvolvido e subdesenvolvido 
Na ciência geográfica o conceito de região está ligado à ideia de diferenciação de áreas.

As regiões podem ser estabelecidas de acordo com critérios naturais, abordando as diferenças de vegetação, clima, relevo, hidrografia, fauna etc., e sociocultural que corresponde à avaliação das condições sociais e culturais que insere neste contexto o índice de desenvolvimento humano para explicitar como vivem as pessoas em determinado lugar.
 

Para uma melhor análise dos dados e das diferenças existentes no mundo, e para não generalizar as informações, faz-se necessário a regionalização de áreas de abordagens, oferecendo várias vantagens aos estudos geográficos.
 

A partir das considerações, em 1960, o mundo foi regionalizado e/ou classificado em Primeiro, Segundo e Terceiro Mundo.

A expressão Terceiro Mundo foi utilizada pela primeira vez pelo economista Francê Alfred Sauvy, em 1952, ele construiu essa expressão observando as desigualdades econômicas, sociais e políticas, verificou que os países industrializados eram desenvolvidos, sua população vivia melhor, enquanto os outros países enfrentam muitos problemas de ordem econômica, sua população vivia em condição não muito satisfatória.

Além de receber essas denominações o mundo foi regionalizado e/ou classificado em países ricos e pobres ou centrais e periféricos; os ricos (centrais) são países que estão no centro das decisões mundiais, são desenvolvidos, industrializados, avançados tecnologicamente, com economia estável, os países pobres (periféricos) são países subdesenvolvidos, pouco industrializados, com produção primária, dependente economicamente e de economia instável com grande incidência de crises.

E por último o mundo pode ser regionalizado ou denominado de desenvolvidos e subdesenvolvidos. Desenvolvidos são aqueles países que além de ter um grande crescimento econômico e industrial, oferece para seu cidadão uma boa qualidade de vida, como saúde, preocupação com os idosos, acesso ao conhecimento, a cultura, segurança, boa renda pra maioria da população etc., em contrapartida, os países subdesenvolvidos possuem características inversas, como não oferece boa condição de vida à sua população, economia dependente, grande concentração de renda, educação deficiente assim como a saúde.

Em suma, pode-se constatar que não basta mudar as denominações, pois as diferenças são sempre as mesmas, a classificação não transforma suas características somente pela mudança de nomes: desenvolvidos, ricos, centrais, subdesenvolvidos, pobres e periféricos, pois as suas particularidades permanecem. 

ATIVIDADE.
1ª - Com base no texto acima e nos estudos já realizados sobre este conteúdo, responda as seguinte questões:
a) Como ficou denominado a regionalização mundial a partir de 1960?
b) Quais os critérios que estabelecem a regionalização mundial?
c) Quais itens o economista Francê Alfred Sauvy utilizou para classificar algumas regiões mundiais como terceiro mundo?
d) QUIZ.

créditos do texto: http://www.mundoeducacao.com/geografia/a-regionalizacao-mundo.htm 
créditos das imagens: http://geografiadotiomota.blogspot.com.br/2013/03/normal-0-21-false-false-false-pt-br-x.html

sábado, 3 de maio de 2014

Desejo que você

Não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la.
Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes.
Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcançá-la.
Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la.
Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência.
Seja um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina.
Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas.
Seja um debatedor de ideias. Lute pelo o que você ama.

Augusto Cury.