segunda-feira, 22 de abril de 2013

Formação de Portugal e Espanha.

Quando falamos em Europa dificilmente imaginamos o continente europeu sem os países como França,  Inglaterra, Portugal ou Espanha, não é mesmo? Esses países  começaram a se consolidar a partir da Baixa Idade Média, paralelamente ao desenvolvimento do comércio e das cidades.
(...)
Durante quase toda a Idade Média não existiam paises como os que conhecemos hoje. Assim, morar em Londres ou em paris não significava morar na Inglaterra ou na França. As pessoas sentiam-se ligadas apenas a uma cidade, a um feudo ou a um reino.
O processo de formação de monarquias com poder centralizado na Europa iniciou-se no século XI e consolidou-se entre os séculos XIV e XVI. Ao final de alguns séculos, esse processo daria origem a muitos dos paises atuais da Europa, como França, Portugal e Espanha. Entretanto, ele não ocorreu ao mesmo tempo e da mesma maneira em todos os lugares do continente. Em regiões como a península Itálica e o norte da Europa nem chegaria a se consolidar.
Quase sempre estiveram envolvidos nesse processo de centralização do poder os mesmos grupos sociais: os reis, a burguesia e os nobres feudais. Cada um desses grupos era movido por interesses próprios. Muitas vezes, esses interesses eram convergentes; outras vezes, radicalmente opostos.
(...)
Assim, a monarquia foi forma de governo sob a qual se organizou a Europa entre o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna.
Destacaremos a seguir, o processo de formação das monarquias portuguesa e espanhola desse período.

A Monarquia Portuguesa


Portugal foi um dos primeiros países da Europa a consolidar um governo forte, centralizado na pessoa do rei. A formação da Monarquia Portuguesa iniciou-se nas lutas pela expulsão dos árabes que, desde o século VIII, ocupavam a península Ibérica. Essas lutas ficaram conhecidas como guerras de Reconquista.
Durante o domínio árabe, os povos cristãos ficaram restritos ao norte da península. A partir do século XI, pouco a pouco eles conseguiram ampliar seu território. Foram fundados, então, vários reinos, entre os quais Aragão, Navarra, leão, Castela. Com isso os muçulmanos começaram a recuar em direção ao litoral sul.
Durante as guerras de Reconquista, destacou-se o nobre Henrique de Borgonha. Como recompensa, ele recebeu do rei de Leão e Castela, Afonso VI, a mão de sua filha e as terras do condado portucalense.
O filho de Henrique de Borgonha, Afonso Henriques, proclamou-se então rei de Portugal em 1139, rompendo os laços com Leão e Castela. Tinha início, assim, a dinastia de Borgonha. Afonso Henriques, o Conquistador, estendeu seus domínios para o sul, até o rio Tejo, e fez de Lisboa sua capital.
Em 1383, com a morte do último rei da dinastia de Borgonha, D. Fernando, o Formoso, a Coroa portuguesa ficou ameaçada de ser anexada pelos soberanos de Leão e Castela, parentes do rei morto. Os portugueses não desejavam que seu país fosse governado por um rei estrangeiro. A burguesia, por sua vez, temia ver seus interesses comerciais prejudicados pelos nobres castelhanos.
Para evitar a perda da independência, os portugueses aclamaram D.João, meio- irmão do rei morto, como novo rei. João, mestre da cidade de Avis, venceu os espanhóis e assumiu  o trono. O apoio financeiro da burguesia foi decisivo nessa vitória. Assim, durante toda a dinastia Avis, os reis favoreceram e apoiaram as atividades burguesas.

A Monarquia Espanhola



A formação da monarquia espanhola também está ligada às guerras de Reconquista da península Ibérica. Vimos que durante esse processo diversos reinos foram constituídos. Em 1469, o casamento de Fernando (herdeiro do trono de Aragão) com Isabel (irmã do rei de Leão e Castela) uniu três reinos. Era o primeiro passo para a formação da Espanha.
Em 1492, os exércitos de Fernando e Isabel apoderaram-se de Granada e expulsaram definitivamente os árabes da península Ibérica, consolidando a monarquia espanhola.
No século XVI, com Carlos I, a Monarquia Espanhola fortaleceu-se ainda mais.

As rebeliões camponesas

Além das guerras internas e externas e dos interesses da burguesia, outro movimento contribuiu para o fortalecimento do poder dos reis: as revoltas camponesas.
Essas revoltas eram conseqüência da fome, da miséria e da exploração dos camponeses. Assustados com as rebeliões, os senhores feudais aceitavam a autoridade do rei, que, fortalecido, podia organizar exércitos para reprimir os numerosos movimentos de contestação.
Na França, as principais rebeliões ganharam o nome de jacqueries. Isso   em virtude da expressão “Jacques Bonhomme”, designação desdenhosa usada pelos nobres para referir-se a qualquer camponês (algo como Zé Ninguém). Na Inglaterra, os rebeldes foram liderados por um camponês artesão chamado Wat Tyler e por um padre de nome John Ball.
Os camponeses na França e Inglaterra lutavam por melhores condições de vida. Não suportando mais as pesadas taxas exigidas pelos nobres, eles invadiam os castelos e saqueavam  os depósitos de alimento.
As revoltas não duraram muito tempo, pois foram reprimidas com violência pelos exércitos ligados ao rei. Mesmo assim, contribuíram para mostrar a capacidade de organização e de luta dos camponeses.


retirado de: www.sohistoria.com.br

ATIVIDADE.
De acordo com o texto acima, responda:
1ª - Em que século ocorreu o inicio e a consolidação do processo de formação de monarquias na Europa? 
2ª - Durante o processo de centralização do poder, quase sempre estiveram envolvidos os mesmos grupos sociais, quais foram?
3ª - Sob qual forma de governo a Europa se organizou o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna? 
4ª - Durante as guerras de Reconquista,  qual nobre mais se destacou? E o que ele recebeu como recompensa?
5ª - Como se iniciou a formação da Monarquia Portuguesa? 
6ª - O que marcou o inicio da Monarquia Espanhola?
7ª - O que ocasionou as rebeliões camponesas?

Nenhum comentário:

Postar um comentário